Por Pedro Humangous
O leão está de volta! Dois anos
após o lançamento de “Deathless”, a banda americana Miss May I retorna com seu
sexto álbum de estúdio, trazendo de volta o característico leão nas artes que
ilustram as capas. O grupo ganhou notoriedade em 2010, quando o movimento
Metalcore estava em alta e soltaram o excelente “Monuments”. De lá pra cá,
tanto o estilo quanto sua a popularidade foram esfriando; sua música, apesar de
interessante, foi perdendo o encanto. Os fãs que me perdoem, mas “At Heart”, “Rise
Of The Lion” e “Deathless”, mesmo sendo bons discos, não ganharam a devida
exposição na mídia e nem tiveram muita repercussão. Até tentei ouvi-los, mas
algo não me prendia, cansavam após a primeira audição. E o que podemos esperar
desse novo álbum? Bem, felizmente pra uns e infelizmente pra outros, nada muito
diferente. A qualidade de gravação e produção está infinitamente melhor, houve
um balanço entre os instrumentos que deixou tudo mais agradável de ouvir –
antigamente eles focavam muito nas guitarras e deixavam a bateria alta demais.
Os riffs das guitarras continuam sendo o maior destaque das composições, sempre
variados, inteligentes e criativos, ditam o ritmo das músicas. Os vocais também
mantiveram o padrão, rasgados/desesperados no começo, seguidos do refrão
cantado de forma limpa. Não ficaria ruim se variassem só um pouquinho, daria
mais dinâmica à audição e acho que essa é a maior falha da banda, acabam soando
repetitivos. “Never Let Me Stay”, repleta de teclados e vozes mais leves,
remete a um Linkin Park atual, buscando uma base maior de ouvintes por ser mais
acessível. “Casualties” é mais o que eu esperava do Miss May I, riffs
interessantes, vocais nervosos, inserções de sintetizadores e uma pequena dose
de melodia. Aqui soam como uma mistura de Killswitch Engage com o novo In
Flames. Com pouco menos de 35 minutos de duração, o disco passa voando e te
convida para uma nova e aprofundada audição. A cada nova rodada as músicas
ganham força e vão crescendo. A forma como produziram e mixaram esse álbum me
faz pensar que estão querendo ser agressivos, mas ao mesmo tempo acessíveis.
Todo o poder do Metalcore aqui soa aguado, diluído para que possa ser engolido
sem fazer careta. “Shadows Inside” é como um bom whisky cheio de gelo e
energético. Vai do gosto de cada um.
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