Por Pedro
Humangous
Um dos projetos mais queridos dos
últimos anos e um dos discos mais esperados pelos fãs, “The Forest Seasons”
chega em 2017 para saciar essa sede pelo Metal de qualidade, atmosférico e
épico. Pra quem anda perdido e ainda não conhece o Wintersun, a banda começou
como um projeto paralelo (e solo) do finlandês Jari Mäenpää, ex-Ensiferum. O
primeiro álbum, autointitulado, lançado em 2004, foi um tremendo sucesso,
trazendo um Melodic Death Metal de primeira. Após uma longa espera – oito anos,
pra ser mais preciso – lançaram “Time I”, já com uma leve mudança no direcionamento
do som, ainda mais complexo e sinfônico. Mais cinco anos de espera e finalmente
temos a oportunidade de ouvir mais uma obra desse projeto que já se tornou uma
grande banda no cenário mundial. “The Forest Seasons” é ousado, com apenas
quatro faixas (todas com mais de 10 minutos cada) os músicos buscam expressar
as estações do ano através de suas músicas. É incrível como cada estação é
muito bem representada, sonoramente falando, sendo a primeira a Primavera (“Awaken
From The Dark Slumber”), mais leve e pra cima, os ritmos vão crescendo conforme
o disco progride. Na sequência temos o Verão (The Forest That Weeps”), uma composição
mais simples e direta, mais feliz, com vocais limpos e lindos refrãos. Em
seguida vem o Outono (“Eternal Darkness”), mais sombrio e carregado de emoções,
o peso e a velocidade imperam, trazendo alguns elementos do Black Metal.
Interessante as camadas de vozes e teclados inseridos em todas as músicas,
dando aquela sensação de grandiosidade. Fechando o trabalho temos o Inverno (“Loneliness”),
assim como a estação, a música torna-se mais fria, mais melancólica, mais
arrastada, puxando mais pro Doom.
A teoria e a concepção desse álbum são
sensacionais, você realmente se sente passando pelas quatro estações do ano,
curtindo o disco com um pouco de cada estilo. Gostei mais da Primavera e do
Outono, mais bem representados – o primeiro mais dinâmico, com solos e
guitarras pesadas sem deixar de lado a tradicional melodia, o segundo mais
porrada, enérgico, com bumbos duplos e vocais ensandecidos. Porém, todas
possuem guitarras supersônicas, uma ambientação cuidadosa dando um clima
perfeito em cada faixa apresentada. A demora em soltar cada álbum talvez seja
pela necessidade do grupo em compor sempre em busca da perfeição, atentos a
cada detalhe, entregando uma verdadeira obra de arte. A própria arte da capa
(feita pelo experiente Gyula Havancsak) já é uma pintura belíssima e revela
algumas características da música que a acompanha. Alguns pontos merecem mais
atenção nos próximos discos, a bateria soa muito mecânica e seca e as faixas,
por serem muito longas, acabam soando um pouco repetitivas e acabam cansando o
ouvindo durante a audição do álbum por completo. Apesar de muitas gente ter
falado mal desse trabalho na internet, particularmente gostei bastante e achei
a altura dos discos anteriores do Wintersun. Só me deixou ainda mais curioso e
ansioso para ouvir “Time II”, a tão prometida sequência!
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