Por Pedro Humangous
Formado em Curitiba, “The
Offering” é o primeiro álbum da banda Wild Witch. Formada por Felipe Rippervert
(vocais e baixo), Mariano Burich (guitarras) e Weiberlan Garcia (bateria), o
trio apresenta um Metal tradicionalíssimo, totalmente calcado no NWOBHM, ou
seja, sonoridade calcada nos anos 80, baseada em bandas como Judas Priest, Iron
Maiden, um pouco de Motorhead e Accept. Antes de colocar o disco pra rodar,
analisamos a parte estética dando uma folheada no encarte, achei o logotipo e a
arte da capa bastante simplórios, bem como o interior do booklet, nada que
chamasse a atenção. O som, por sua vez, está redondinho, trazendo de volta o
espírito oitentista nas composições, um ar analógico proposital que casou bem
com a proposta da banda. O baixo está bem presente na mixagem, ditando o ritmo
das músicas juntamente com a bateria mais seca e reta. Os vocais lembram
bastante o Blind Guardian no começo da carreira e os primeiros discos do Iron
Maiden. Não são ruins, mas merecem mais atenção daqui pra frente, com mais
presença, mais punch – um pouco mais de atenção na pronúncia do inglês também
se faz necessária. O grande destaque da
banda são as guitarras, seus riffs são viciantes e os solos avassaladores. Destaque
também para as faixas “Heavy Meta Inferno”, “Night Rulers” e “Exiles In Hell”,
pelo ritmo mais acelerado e pelos refrãos que colam no cérebro. O álbum tem
pouco mais de quarenta minutos e passa rapidamente, de forma natural, sem
cansar, mostrando ser um disco bem balanceado e empolgante. É o tipo de som que
deve soar fantástico ao vivo, espero um dia poder vê-los nos palcos. Ajustando
pequenos detalhes nos vocais e apostando em uma direção de arte caprichada,
certamente vão chegar ainda mais longe e saciar a sede dos fãs por esse tipo de
som, cada vez mais apreciado nos dias atuais.
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