segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Review: Sioux 66 – Caos


Por Pedro Humangous

Já tinha ouvido falar da banda Sioux 66, só não tinha conseguido parar para ouvi-los com a devida atenção. Afinal, Black Metal e Hard Rock não são minha especialidades e acabam perdendo a preferência nas minhas playlists diárias. Logo de cara temos um lindo digipack, contendo uma verdadeira obra de arte ilustrando a capa – estamos falando da obra “Custer’s Last Stand” do pintor Edgar Samuel Paxson, de 1899. Notei também que o disco foi lançado pela gigante Sony Music, sabemos que pra uma banda brasileira ser lançada por uma major desse porte não é pra qualquer um. Os músicos levam o negócio a sério e abusam do visual hard rocker com tudo o que têm direito, óculos escuros, chapéu, correntes, bandanas e muito couro. Falando sobre o som, a produção está fantástica, cristalina e na medida certa, balanceando bem os vocais, o baixo bastante presente, o timbre sujo das guitarras e a bateria mais seca e orgânica – aquela cara de som ao vivo. Os créditos vão para Henrique Baboom que produziu a banda com a mixagem e masterização do experiente Brendan Duffey. As composições em português ganham bastante força com letras simples, mas divertidas. A sonoridade não esconde suas influências da velha escola do Hard na linha de Bon Jovi, Guns N Roses, Motley Crue e Skid Row. As músicas são simples e diretas, mas desempenham bem seu papel, divertir a banda e seus ouvintes. Em sua maioria são composições em mid-tempo, algumas com mais peso – com riffs bem criativos e interessantes – outras são mais leves e puxadas para semi-baladas. Destaque para as faixas “O Homem Que Nunca Mudou” (com a presença de gaita e um solo bem bacana), “Minerva” (com uma pegada interessante) e “Desarmado” (um toque punk, mais agressiva e viciante). No fim, uma faixa bônus, o cover de “Calibre” do Paralamas do Sucesso, que ficou bem interessante, com uma nova roupagem. O Sioux 66 traz um respiro e um sangue novo ao Rock nacional, apostando nas melodias e na leveza do Hard Rock, atingindo um público mais amplo e revitalizando nossa geração. 



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