Por Pedro Humangous
Ouvir Power Metal, principalmente
de bandas “desconhecidas”, sempre remete à minha adolescência, época em que
estava descobrindo o Heavy Metal e suas incríveis vertentes. Como sempre fui um
caçador de novas bandas, já tinha ouvido falar da banda sueca Lancer, inclusive
possuo um disco deles na coleção, o “Second Storm”, de 2015. Pra quem não teve
a oportunidade de conhecer, trata-se de uma banda relativamente nova, formada
em 2009 e com apenas três discos em sua história. O som que praticam mistura a
nova escola do Power Metal com uma forte pegada de NWOBHM e pitadas de
progressivo - pense em um mix entre Iron Maiden, Hammerfall e Edguy. Confesso
que a arte da capa não me empolgou nem um pouco, mas ao colocar o disco pra
tocar, toda a desconfiança ficou para trás e o headbanging começou
imediatamente! As guitarras aqui são as grandes estrelas do time, trazendo
riffs velozes, dobrados e empolgantes, lembram muito o estilo alemão de compor
(muitas vezes soando como Helloween, Accept, Primal Fear). Os vocais de Isak
Stenvall se encaixam perfeitamente com o instrumental, sem vergonha de soar
clichê com seus agudos potentes – em alguns momentos lembram Joacim Cans e Timo
Kotipelto. A faixa de abertura, “Dead Raising Towers” já é uma voadora no
peito, chegam com toda velocidade e potência, apresentando seu cartão de
visitas através de um refrão marcante. A parte mais progressiva vem na quarta
faixa, “Victims Of The Nile”, com seus mais de sete minutos de variações,
passagens atmosféricas (com um baixo no estilão Steve Harris), partes mais
rápidas e solos incríveis. As guitarras gêmeas dão as caras em “Iscariot”,
acompanhadas de uma bateria inspiradíssima e vocais de tirarem o fôlego – uma
das minhas favoritas do álbum! Outra faixa que me impressionou bastante foi “Freedom
Eaters”, muito bem construída, lembra os tempos gloriosos do estilo, deve soar
incrível ao vivo. A qualidade de gravação e produção estão simplesmente
absurdas, tudo super cristalino e bem encaixado, sem perder a potência e
impacto. A versão brasileira, lançada em parceria entre a Nuclear Blast e a
Shinigami Records, ainda traz uma faixa bônus “The Wolf And The Kraken” (muito
boa por sinal) e uma faixa secreta – pelo que entendi, trata-se de uma versão
diferente e mais curta de “Follow Azrael”. “Mastery” se mostra um forte
candidato nas listas de melhores desse ano e certamente coloca o Lancer como um
dos destaques do Power Metal mundial!
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