(Gravadora: Shinigami Records)
Por Pedro Humangous
Um novo nome no cenário mundial
surge apresentando um disco com nome pra lá de esquisito. A arte da capa e seu
conceito visual pouco dizem sobre o estilo praticado e sinceramente não chama
muito a atenção – se comparada às grandes artes que temos visto ultimamente.
Mas, como o velho ditado já diz, nunca julgue um livro pela capa. Pesquisando
sobre a banda, temos a gratificante surpresa ao saber dos integrantes que
formam o The Resistance, saca só: Marco Aro (The Haunted) nos vocais, Jesper
Strömblad e Glenn Ljungström (ex-In Flames) nas guitarras, Chris Barkensjö
(Grave) na bateria e Rob Hakemo (ex-M.A.N.) no baixo. Posteriormente Glenn
deixou a banda, dando o lugar para o guitarrista Daniel Antonsson (ex-Soilwork,
Dark Tranquillity). Fiquei ainda mais assustado em saber que a banda já havia
lançado dois EPs e um álbum, portanto, esse é seu segundo disco na carreira. E
o que temos aqui em termos de sonoridade? Death Metal old school, puro, seco e
agressivo! Talvez um pouco do The Haunted, mas praticamente nada do In Flames,
como era de se esperar. Temos aquelas guitarras sujas e distorcidas no melhor
estilo sueco de se fazer o Metal da Morte, bem na linha de bandas como Entombed
e Dismember. O disco não tem altos e baixos, segue na mesma linha durante as
treze faixas que compõem o trabalho. Os riffs estão insanos, viciantes e
prontos para dilacerar pescoços. Os vocais de Marco também estão incríveis
aqui, combinando perfeitamente com a proposta instrumental. Minha única
ressalva fica por conta da mixagem que deixou a bateria um pouco abafada,
principalmente os pratos que ficaram sem brilho. As músicas passam seu recado
em pouco tempo, a maioria nem passa dos três minutos de duração, portanto, já
sabe que a pancada é forte e certeira né? Em alguns momentos a banda
experimenta inserindo elementos de Thrash e Hardcore (como na faixa “Smallest
Creep”), dando mais dinâmica à audição. A parceria entre a Ear Music e a
Shinigami Records tem rendido ótimos frutos para o mercado nacional, o banger
brasileiro não tem do que reclamar. Esse é um belo disco, repleto de músicas
extremas e de bom gosto, formada por grandes nomes do Metal mundial. Uma pena
que tenham encerrado suas atividades recentemente, mas o legado deixado jamais
pode ser apagado. Aproveite! Nota: 7,5
Nenhum comentário:
Postar um comentário