domingo, 25 de fevereiro de 2018

Review: Panzer – Fatal Command


Por Pedro Humangous

O inquieto Schmier (Destruction) retomou seu projeto – agora como uma banda oficial – chamado Panzer, lançando o segundo álbum de sua discografia. O primeiro disco, “Send Them All To Hell” já soava bem legal, um Thrash mais ameno, com pegadas de Metal Tradicional. Agora a NWOBHM assumiu o posto de vez, ganhando aquele toque inconfundível do Metal alemão, ganhando uma roupagem ainda mais melódica e tradicional. Com a saída do guitarrista Herman Frank (ex-Accept), Schmier convidou outros dois guitarristas, V.O. Pulver e Pontus Norgren (Hammerfall), dupla que já entrou super entrosada, compondo verdadeiros hinos – aliás, a “briga” entre os solos e as guitarras gêmeas é uma coisa linda de ouvir. O Thrash permanece vivo aqui, apesar de mais contido, soa como uma versão mais moderna e contemporânea do estilo. A produção está impecável, as guitarras estão cortantes e com um timbre maravilhoso, o baixo bem destacado na mixagem, a bateria bem seca e orgânica, além dos excelentes vocais. Tá tudo muito bem encaixadinho, bem composto e empolgante, é uma faixa melhor que a outra, montando uma sequência matadora no setlist. E a capa? Simplesmente sensacional, definitivamente uma das melhores do ano, sendo bem humorada e politizada, esteticamente é muito bonita. Estou espantado com a beleza de cada música, o bom gosto em cada riff despejado, tudo soa épico e marcante. Apesar de não ser um som inovador, mesmo assim eles trouxeram um frescor ao som, misturando de tudo um pouco e acertando em praticamente tudo. Muito difícil apontar destaques nesse trabalho, gostei de tudo o que foi apresentado em “Fatal Command”, as influências claras de bandas consagradas, o jeitão alemão (com pitadas de Primal Fear e Accept), a agressividade andando de mãos dadas com lindas melodias. Quase perdi meu pescoço nas faixas “Satan’s Hollow”, “Scorn And Hate” e “Afflicted”, isso sem falar no insano cover de “Wheels Of Steel” do Saxon. Talvez o único ponto fraco do disco sejam as faixas mais cadenciadas como “Skullbreaker” e “The Decline (...And The Downfall)"; não que sejam ruins, mas deixam um pouco a desejar. Um álbum fantástico, repleto de grandes refrões e músicas viciantes, altamente recomendado a todos! Que venham mais discos do Panzer no futuro, se firmando de uma vez por todas como um grande nome mundial!


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