Por Pedro Humangous
O inquieto Schmier (Destruction)
retomou seu projeto – agora como uma banda oficial – chamado Panzer, lançando o
segundo álbum de sua discografia. O primeiro disco, “Send Them All To Hell” já
soava bem legal, um Thrash mais ameno, com pegadas de Metal Tradicional. Agora
a NWOBHM assumiu o posto de vez, ganhando aquele toque inconfundível do Metal
alemão, ganhando uma roupagem ainda mais melódica e tradicional. Com a saída do
guitarrista Herman Frank (ex-Accept), Schmier convidou outros dois
guitarristas, V.O. Pulver e Pontus Norgren (Hammerfall), dupla que já entrou
super entrosada, compondo verdadeiros hinos – aliás, a “briga” entre os solos e
as guitarras gêmeas é uma coisa linda de ouvir. O Thrash permanece vivo aqui,
apesar de mais contido, soa como uma versão mais moderna e contemporânea do
estilo. A produção está impecável, as guitarras estão cortantes e com um timbre
maravilhoso, o baixo bem destacado na mixagem, a bateria bem seca e orgânica,
além dos excelentes vocais. Tá tudo muito bem encaixadinho, bem composto e
empolgante, é uma faixa melhor que a outra, montando uma sequência matadora no
setlist. E a capa? Simplesmente sensacional, definitivamente uma das melhores
do ano, sendo bem humorada e politizada, esteticamente é muito bonita. Estou
espantado com a beleza de cada música, o bom gosto em cada riff despejado, tudo
soa épico e marcante. Apesar de não ser um som inovador, mesmo assim eles
trouxeram um frescor ao som, misturando de tudo um pouco e acertando em praticamente tudo. Muito difícil apontar destaques nesse trabalho, gostei de
tudo o que foi apresentado em “Fatal Command”, as influências claras de bandas
consagradas, o jeitão alemão (com pitadas de Primal Fear e Accept), a
agressividade andando de mãos dadas com lindas melodias. Quase perdi meu
pescoço nas faixas “Satan’s Hollow”, “Scorn And Hate” e “Afflicted”, isso sem
falar no insano cover de “Wheels Of Steel” do Saxon. Talvez o único ponto fraco
do disco sejam as faixas mais cadenciadas como “Skullbreaker” e “The Decline
(...And The Downfall)"; não que sejam ruins, mas deixam um pouco a desejar. Um álbum
fantástico, repleto de grandes refrões e músicas viciantes, altamente
recomendado a todos! Que venham mais discos do Panzer no futuro, se firmando de
uma vez por todas como um grande nome mundial!
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