domingo, 12 de fevereiro de 2017

Review: Axel Rudi Pell – Game Of Sins


Por Pedro Humangous


Acho que nunca resenhei um disco do Axel Rudi Pell. A banda é uma verdeira incógnita, leva o nome do guitarrista, mas não é um projeto de guitarras e sim uma banda completa mesmo. Apesar de uma carreira estável e sólida, nunca desfrutaram do sucesso absoluto. Possuem uma discografia impecável, com poucas variações ao longo dos 28 anos de história desde sua concepção. O fato é que o grupo alemão nunca errou a mão, lançando excelentes trabalhos como “Shadow Zone”, “Mystica” e “Kings And Queens”. Nos últimos anos a banda veio lançando discos mornos, soando basicamente como “mais do mesmo”, perdendo um pouco de impacto no cenário mundial e muito provavelmente perdendo a confiança e interesse de seus fãs. “Game Of Sins”, lançado em 2016, traz de volta o som impactante e grudento do auge da carreira de Axel Rudi Pell, com refrões fantásticos, solos absurdos, riffs marcantes e um vocal insano – Johnny Gioeli é um dos melhores vocalistas da atualidade. O álbum flui com naturalidade, cativando o ouvinte música após música com seu Hard/Heavy de altíssima qualidade. A produção do próprio Axel com auxílio do experiente Charlie Bauerfeind deixou o disco potente, cristalino e “redondinho” – gostei muito do timbre oitentista da bateria (aliás, Mike Terrana foi aqui substituído por Bobby Rondinelli), das linhas “cascudas” do baixo de Volker Krawczak e principalmente dos teclados de Ferdy Doernberg, que fazem total diferença no resultado final das composições. Os já mencionados Axel e Johnny estão monstruosamente inspirados nesse disco, com performances acima da média, dando o brilho que faltava nos últimos álbuns da banda. Difícil apontar destaques, pois as faixas estão todas bastante homogêneas, igualmente empolgantes e viciantes, com refrões matadores! Talvez o único momento mais fraco seja a balada Scorpiniana “Lost In Love”, que não é ruim, mas um pouco desnecessária no set list. Esse lançamento nacional saiu graças a uma parceria entre a SPV/Steamhammer e a gravadora brasileira Shinigami Records, contendo ainda uma faixa bônus “All Along The Watchtower”, muito boa por sinal. A parte gráfica, apesar de simples, é bem eficiente e deixa tanto a arte da capa quanto o encarte bem legais. Se você estava desacreditado na banda, é hora de dar mais uma chance pros caras, pois eles voltaram com tudo!


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