(Gravadora: Shinigami Records)
Por Pedro Humangous
Quem nunca leu ou falou
Necronemesis quando ouviu falar dessa banda? No começo era uma confusão só, mas
agora, com um nome firmado no cenário underground nacional, a banda formada por
Mayara Puertas (vocais), Daniel Curtolo (guitarras e vocais), Gustavo Marabiza
(baixo) e Gil Oliveira (bateria) já está bem conhecida e duvido que errem o
nome da banda daqui pra frente! Acompanho o grupo desde sua formação e foi bem
interessante ver sua evolução, culminando no lançamento de “The Poet’s Paradox”,
o primeiro disco da carreira. Quando anunciaram que o mestre Mark Riddick (que
fez as capas de bandas como Arsis, Autopsy, Dying Fetus, etc), fiquei super
animado – gosto de ver quando as bandas realmente investem em profissionais
renomados. Porém, preciso dizer que esperava mais da arte do Riddick... não que
tenha fica ruim, mas por tudo o que ele já fez, achei essa arte mediana. Quando
se fala em banda de Metal extremo e com vocalista feminina que canta gutural,
todos já pensam que se trata de mais um Arch Enemy. Se esse foi seu caso,
esqueça, o som aqui é muito mais extremo e bem menos melódico que o do grupo
sueco. O Necromesis aposta em um Death Metal mais técnico, mais visceral e
reto, lembrando algo de Aborted, Torture Squad e Krisiun. A Mayara tem um vocal potente, cavernoso e
imponente, mais puxado pro gutural aberto. Muito das vocalizações são dobradas,
contando com um gutural mais fechado, cantado pelo também guitarrista Daniel.
As composições são todas intensas, com constantes trocas de ritmo, compassos
quebrados e muita criatividade. As letras também abordam temas bastante
interessantes e inteligentes, agregando bastante ao som. O grupo estava
realmente inspirado ao criar esse álbum, músicas longas e intricadas estão por
toda parte – o que faz com que a digestão do disco não seja tão fácil nas
primeiras audições. O fio condutor desse trabalho definitivamente são as
guitarras, seguidas de perto pelo baixo estalado e pela bateria insana. A
produção e qualidade de gravação deixaram um pouco a desejar, faltou equilíbrio
na mixagem, o som ficou um pouco áspero e em alguns momentos confusos demais
com tanta informação. Outro ponto a ser mencionado foi a ausência de refrãos
mais grudentos, que façam com que cantemos junto com a banda. Vale destacar as
participações especiais de Fernanda Lima (Nervosa) em "Self
Condemnation", Paolo Bruno (Desdominus/Thy Light) em "The Omission Of
Living", Vitor Rodrigues (Voodoopriest) em "The Last Stage Of The
Mind", e Marcel Briani (In Soulitary) em “The Last Stage Of The Mind"
e "Final Truth". No geral, esse é um belo
pontapé inicial e mostra uma banda com enorme potencial no cenário brasileiro e
que pode chegar bem longe em pouco tempo! Vale conferir e ficar de olho neles!
Nota: 8,0
Track List:
1- End Of The Cloistered
2- Desocial Inclusion
3- Self Condemnation
4- Evolving A Paradox
5- The Life Is Dead
6- Awake
7- Condemned By Themselves
8- The Omission Of Living
9- Indifferent Echoes Of Sensitivity
10- Final Truth
11- The Last Stage Of A Mind
11- The Last Stage Of A Mind
Contatos:
Nenhum comentário:
Postar um comentário