sexta-feira, 6 de junho de 2014

Voodoopriest: Ouvimos "Mandu" em primeira mão!


Por João Messias Jr.

Após o primeiro single e um EP auto-intitulado, o quinteto formado por Vitor Rodrigues (vocal), Cesar Covero (guitarra), Renato De Luccas (guitarra), Bruno Pompeo (baixo) e Edu Nicolini (bateria) está prestes a dar o grande e definitivo passo para a consolidação de sua carreira. Num evento destinado para a imprensa e convidados, a banda promoveu a audição de seu primeiro álbum, "Mandu". Conceitual, o trabalho  conta a história de Mandu Ladino, índio que vivei no século 18 e que liderou até a morte a invasão de suas terras (hoje conhecidas como o estado do Piauí) e a extinção do povo indígena.

A audição, marcada para às 20h no Norcal Estúdios, localizado na região de Pinheiros (São Paulo) contou com um bom número de veículos de imprensa. Após um tempo para que todos chegassem, a banda e o produtor do álbum, Brendan Duffrey nos encaminhou para uma sala para ouvir o petardo.


Antes de dizer as primeiras impressões sobre o disco, vale a pena dizer que todos os integrantes estavam muito felizes com esse momento, em especial o Vitor Rodrigues, que após sua saída da Torture Squad foi encorajado a continuar o legado por meio de um novo grupo. E felizmente arranjou os caras certos para isso, pois são músicos que figuram ou figuraram em grandes e promissores nomes da cena brasileira, como Endrah, Nervochaos, Exhortation, Nitrominds, Agression Tales, entre outros. 

Após todos se acomodarem na sala, a minha mais que humilde conclusão é que "Mandu" não apenas figurará na lista de melhores trabalhos, mas sim como uma das mais sucedidas estreias em CD da história, repetindo o que bandas como Shaman, Angra e Zero Vision fizeram décadas atrás. Impressão que começa com a capa, feita pelo polonês Raf the Might, que fez artes para caras como Slayer e Metallica.

E isso tem dois porquês:

1.     Brendan disse que quis fazer um trabalho mais orgânico, com um jeitão Thrash americano dos anos 80. De fato, há muita coisa desse período no trabalho, mas com uma produção fresca e jovial, que mostra com clareza todos os detalhes das canções, em especial a dinâmica das guitarras, que é de impressionar mesmo e a bateria, que de longe, é o melhor trabalho feito por Edu Nicolini.

2.     Junto com a mistura bem feita de Death, Thrash, Metal Tradicional e Grooves, o conceito lírico está muito bem conectado com a parte instrumental, fazendo com que o ouvinte, mesmo não sabendo do que o disco fala, se idenficará com os climas presentes na obra, que vão desde os combates que vem a mente com Warpath e as tensas discussões imaginadas em Mandú, cujo refrão tem tudo para ser cantado pelos fãs, assim como a forte e instigante Warpath.


Após a audição foi o tempo de fotos e um bate papo descontraído com banda e produtor, que se mostraram solícitos com todos os presentes, com brindes para os convidados e muita conversa, tanto que os últimos saíram do estúdio já eram mais de meia-noite, mesmo se tratando de uma terça-feira gelada. Sem mais delongas, uma noite histórica, em que valeu a pena ter cruzado a cidade para conferir a audição de "Mandu", que estará disponível para audição a partir do dia 10/06 no site da banda e a versão física no fim do primeiro semestre, via Die Hard Records.

Como sei que alguns puristas perguntarão em comparação ao Torture Squad, só me resta dizer que os fãs agora estão com duas excelentes bandas.

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