Show: Tamuya
Thrash Tribe e Amon Amarth
Local: Circo Voador – Lapa / RJ
Horário: 21H
Dia: 16/05/2014
Texto: Augusto Hunter
Fotos: Daniel Croce
Apenas uma noite após o retorno dos gregos do Rotting Christ ao
Rio de Janeiro, a sexta feira faria da cidade a terra da mitologia. Primeiro,
da mitologia nacional, representada pelo competente Tamuya Thrash Tribe, que em
suas composições fala sobre a cultura nacional, sobre os mitos e histórias,
sobre os índios e toda a herança de nossa colonização. E depois, com um tom mais nórdico, o Drakkar, do Amon Amarth
iria se apresentar pela primeira vez na ”capital do Samba e Metal”.
Cheguei um pouco antes da abertura dos portões do clássico
Circo Voador, bela casa de shows que já viu muitos acontecimentos, bons e ruins
(lembremo-nos do infeliz acontecimento do show do Cannibal Corpse no ano passado), mas essa foi uma noite marcada por dois belos shows, primeiro dos seguidores
de “Tupã” (Deus indígena que controla os raios e trovões) do Tamuya Thrash
Tribe. A banda carioca foi escalada para a abertura do evento e fizeram um
trabalho ímpar em palco. Capitaneada por Luciano Vassan (vocal/guitarra), o
Tamuya Thrash Tribe se mostrou muito experiente e dominou o público que já
começava a lotar o Circo Voador. Tocando músicas do seu EP “United”, a banda
fez um show destruidor, com destaque para a presença de palco dos caras. Eles
agitam sem parar, o baixista João Paulo “Chewbacca” esmurrando o seu
contra-baixo em várias passagens, o guitarrista Leonardo Emmanoel sempre "bangueando", Luciano com sua voz poderosa e simpatia inquestionável e o
baterista Guilherme Pollig, mostrando
uma força incrível em suas peles fazendo-as soarem bem alto. Os já clássicos "United" e "Immortal King" foram estupidamente bem recebidas pelo público que prestigiou e mostrou
que o Metal carioca está cada vez melhor com essa safra de novas bandas.
Uma promoção causou furor entre os fãs do Amon Amarth. Quem
comprasse a blusa oficial da tour teria acesso a um “Meet &Greet” com a
banda. Tentei garantir a minha, mas infelizmente a blusa esgotou-se rapidamente
e eu não tive acesso ao “Meet & Greet”, mas espero que os fãs tenham sido
bem tratados. Passado pouco mais de uma hora da saída dos “Índios” do Rio de
Janeiro, era hora do palco ser invadido pelos vikings do Amon Amarth, que abriram o
show de forma enérgica com “Father Of The Wolf” e “Deceiver Of The Gods”! Logo
em sequência a banda tocou “Death In Fire” e “Free Will Sacrifice”, mostrando
que os caras tinham preparado uma noite especial para o seu público. O gigante
Johan Hegg foi sempre carismático em palco, conversando e brincando com o
público e o show assim seguiu. O som estava quase perfeito, digo quase porque,
infelizmente, os pratos da bateria de Fredrik Andersson estavam muito baixos e
senti muita falta daquelas belas crianças douradas explodindo nos PA´s. Pode até
ser que essa tenha sido a opção de equalização de som da banda, mas eu achei
estranho ver os pratos de Fredrik se mexendo, sem que eu conseguisse ouvir o
som deles direito.
Tirando esse ponto, o set do show foi muito bem montado,
tendo destaques para “Guardians Of Asgaard”, que desde o riff inicial foi
maravilhosamente bem recebida por todos ali, até mesmo o pessoal do Mosh Pit
que ficava no meio da casa e que nessa música se abraçou para uma bela festa
que, se fosse na era dos próprios Vikings, estariam derramando cerveja para
todos os lados com seus “Horns” a postos e cantando alto aquela canção. “Varyards Of Miklagaard”, “Runes To
My Memory”, “Cry OF The BlackBirds” e com certeza “The Pursuit Of Vikings” foram
os grandes momentos da apresentação da banda.
Boa recepção, bom som e público que, mais uma vez, compareceu
em grande número nessa noite, pois como já venho falando, está colocando cada
vez mais o Rio de Janeiro na rota de grandes apresentações e dando mais um nome
para a Cidade Maravilhosa, a de “Cidade Maravilhosa do Metal”.
Muito boa a resenha! Só um detalhe, cara. Acerte o título. Creio que você quis dizer "servo" em vez de "cervo". As 2 palavras existem na Língua Portuguesa e estão corretas. Só que o "cervo" utilizado significa mamífero ruminante da família dos cervídeos, com chifres ramificados, que vive em rebanhos. Creio que não foi essa sua intenção...Abraço!!!!
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