Se o Opeth
tocasse Black Metal, creio que a sonoridade seria parecida com o que vemos
nesse álbum da banda Altar Of Plagues. Para apreciar o som denso e atmosférico
dessa banda, é necessário tempo, calma e ouvidos atentos. White Tomb não é de
fácil assimilação e demora certo tempo para se digerir bem a proposta aqui
apresentada. Se o mundo acabasse, certamente essa seria a trilha sonora da
destruição. Composto de somente quatro faixas de longa duração, o ouvinte se
torna um passageiro nesse trem desgovernado, passando por estradas caóticas e
ao mesmo tempo acompanhado de belas paisagens. Basta ouvir a primeira faixa,
“Earth: As A Furnace”, para entender minhas palavras. O mais interessante no
som do Altar Of Plagues é não saber o que esperar dos próximos segundos. Nada
muito complicado em termos técnicos, quem reina aqui é o feeling. A temática
Black Metal se junta ao ritmo arrastado do Doom, contando ainda com passagens
de Sludge e até levadas jazzísticas. Apontar destaques torna-se praticamente
impossível, os destaques estão por toda parte em pequenas porções espalhadas
pelo disco. Um álbum para se apreciar aos poucos, acompanhado de um bom uísque
no final de um dia árduo de trabalho. Nota: 7
Por Pedro Humangous.
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