domingo, 9 de abril de 2017

Review: Once Human – Evolution


Por Pedro Humangous


O tempo passa e a tendência é que as coisas evoluam, é inevitável, é normal. E esse fator vem acontecendo – quer você goste ou não – com o Heavy Metal. As bandas estão em constante mudança, se aprimorando, experimentando coisas novas e criando sonoridades distintas. É claro, sempre teremos espaço para o clássico, as bandas consagradas continuam existindo e até outras novas surgem fazendo um som calcado no tradicional de anos atrás. Porém, não podemos fechar os olhos e ouvidos para a enxurrada de novas formações trazendo um som totalmente moderno, com guitarras lotadas de cordas, afinações baixas e aquela inconfundível camada de sintetizadores que geram um clima sombrio e atmosférico às composições. O Once Human é uma banda formada nos Estados Unidos, formada em 2014 por Logan Mader, ex-guitarrista das bandas Soulfly e Machine Head, e “Evolution” é o segundo disco na carreira. Como mencionado acima, o grupo pratica um som ultra moderno, um Melodic Death Metal que flerta com o Djent, passeando pelo Thrash, Death e Groove Metal. O “Core” dá as caras nos breakdowns e nas paradinhas mortais no meio das músicas, aliado ao clima obscuro criado pelos teclados e guitarras dissonantes. O timbre das guitarras está absurdamente pesado, somado ao baixo cavalar, os inteligentes e criativos riffs ganham ainda mais força e o headbanging é completamente inevitável. Os solos também ganharam espaço e agregaram bastante às músicas, deixando-as ainda mais completas e diversificadas. A bateria nervosa empolga bastante, principalmente pelos tempos quebrados, utilização incessante dos pratos e dos impressionantes pedais duplos que fuzilam seus ouvidos. Os vocais da bela Lauren Hart são, ao mesmo tempo, o ingrediente principal da receita e a cereja do bolo. Um gutural cavernoso, potente e muito bem encaixado ao instrumental, a moça simplesmente detona, dando muita personalidade ao som do Once Human. Ao ouvi-la, duas bandas me vieram à mente: Heaven Shall Burn e Arch Enemy. A maravilhosa arte que estampa a capa foi feita pelo famoso Seth Siro Anton e a masterização ficou a cargo do Jens Bogren, no Fascination Street Studios, ou seja, a banda se preocupou em entregar o melhor trabalho possível ao acirrado e cada vez mais exigente mercado da música pesada. Tente sair um pouco da sua zona de conforto e tente ouvir coisas novas, bandas como essa podem te surpreender!


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