(Gravadora: Nuclear Blast / Shinigami Records)
Por Pedro Humangous
Essa geração chata e exigente
deixou as bandas confusas. Pode reparar como os grandes nomes, com uma carreira
estabilizada, se perderam após o “boom” da internet. As pessoas querem sempre
inovação, com isso os músicos tentam se reinventar a cada novo álbum e acabam
perdendo o rumo. Isso aconteceu com o Hammerfall, Sonata Arctica, Trivium,
Opeth, até o Iron Maiden. Claro, as próprias bandas se dizem cansadas de tocar
as mesmas coisas, que amadureceram. Mas no fundo, a gente quer mesmo é ouvir
aquele som que fez com que gostássemos de tal banda desde o princípio. E com o
In Flames não foi diferente. A cada novo disco eles foram se distanciando do
clássico Melodic Death Metal que fez tanto sucesso na década de 90 com discos
como “Clayman”, “The Jester Race”, “Whoracle” e “Colony”. Em “Sounds Of A
Playground Fading” a coisa começou a tomar novos, e questionáveis, caminhos,
passando pelo pouco inspirado “Siren Charms”, de 2014. Eu li essa frase em
algum lugar e confesso que se aplicou bem ao In Flames: “se tocasse Metal nos
elevadores, “Battles” seria um disco perfeito”. A verdade é que esse novo
trabalho é um verdadeiro sobe e desce mesmo. Algumas músicas bem legais, com riffs interessantes que remetem aos bons
discos dos anos dois mil, como “A Sense Of Purpose” e “Come Clarity”. Em
compensação, temos outras composições juvenis, simplórias, com refrãos
bonitinhos (beirando a sonoridade Emo), programados para grudar no seu cérebro.
Uma coisa é certa, a agressividade se foi, o som ficou cada vez mais mecânico,
no piloto automático, seguindo uma fórmula de “sucesso”(?). Para curtir esse
álbum é preciso entender que a banda definitivamente mudou, não podemos fazer
comparações com seu passado e procurar entender seu novo direcionamento, tentar
absorver o que há de bom nessas composições. De fato as músicas estão mais
sensíveis, mais acessíveis e em busca de renovação – tanto em sua roupagem
musical quanto, provavelmente, em sua base de fãs. As duas primeiras faixas,
“Drained” e “The End” são realmente boas e empolgantes, infelizmente “Like
Sand”, que vem na sequência, funciona como um balde de gelo, “bobinha” e
arrastada, é skip na certa. Outro
destaque positivo vai para “Underneath My Skin”, com uma construção
interessante e um trabalho de vocais muito bom. A versão nacional conta com
quatorze músicas, sendo as duas últimas como bonus tracks. No geral, após ouvir o “Battle” por diversas vezes,
posso dizer que é um ótimo disco de Alternative Rock.
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