Por Pedro Humangous
Os criadores do Happy Metal (se é
que esse termo um dia existiu) estão de volta com seu nono álbum de estúdio,
intitulado “Master Of Light”. Bem, não queria ter que mencionar isso, mas ficou
bem óbvio né? Que escolha foi essa para a arte da capa? Séria candidata a pior
capa de todos os tempos. Eu adoro o início da carreira do Freedom Call, com
álbuns fantásticos como “Stairway To Fairyland”, “Crystal Empire” e “Eternity”,
todos clássicos do Melodic/Power Metal. Em “Legend Of The Shadowking”, de 2010,
os alemães começaram a mudar sua sonoridade, fazendo músicas pouco inspiradas e
mais genéricas, presos em sua própria fórmula. O som morno continuou em “Land
Of The Crimson Dawn” e “Beyond”, fazendo com que a banda, apesar de sempre
ativa, desse uma sumida no cenário mundial. E quase perdendo as esperanças com
a banda, eis que surge “Master Of Light”, lançado no final do ano passado e
chegando agora ao mercado brasileiro através da Shinigami Records. E não é que
as coisas melhoraram aqui? Sim, eles resgataram um pouco da essência de seus
primeiros discos, trazendo novamente os riffs inspirados, o bumbo duplo a toda
velocidade e os refrãos grudentos com letras ultra clichês – mas que funcionam!
Com pitadas de Hard “farofa” oitentista (ouça “Hammer Of The Gods”, por
exemplo), a banda agregou o melhor de bandas como Gamma Ray, Blind Guardian, Hammerfall
e Helloween, porém, ainda soando como o bom e velho Freedom Call. As guitarras
gêmeas estão fantásticas, trazendo de volta o sorriso no rosto dos amantes do
Power Metal – confira a faixa “Kings Rise And Fall”. A música de abertura,
“Metal Is For Everyone”, apesar de bobinha, é um belo pontapé inicial e começa
bem o álbum com um refrão poderoso e viciante, lembrando os melhores momentos
de “Eternity”. Gostei que a banda resgatou seu lado mais épico, retomando suas
letras fantasiosas, deixando um pouco de lado o modernismo que assolou seus
discos mais recentes e, apesar de continuarem fazendo seu Metal “feliz”, estão
mais sérios nestas composições. Existem alguns escorregões e alguns flertes com
essa fase estranha que viveram como a fraca “Ghost Ballet” e seus
teclados/sintetizadores super equivocados e um refrão vergonhoso. “Rock The
Nation” também parece composição para encher linguiça, chata, sem graça e
juvenil. Felizmente consertam as coisas nas duas últimas, retomando o lado
brilhante que fez com que a banda ganhasse destaque mundial. Não é um disco
sensacional, mas certamente é um trabalho que coloca o Freedom Call de volta aos
trilhos, trazendo de volta o interesse dos antigos fãs pela banda, dando um
passo importante para subir o nível previamente conquistado e há longo tempo
estagnado. Eles estão felizes e nós também!
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