(MS Metal Records)
Por Pedro Humangous.
Quando comecei a ouvir Metal e adquirir
discos pra minha coleção, um dos primeiros álbuns que comprei foi o “Deep Visions Of Unreality”
da banda baiana Veuliah. Sempre gostei bastante do Metal feito aqui no Brasil e
o som deles já me deixava estupefato. Praticam uma mistura interessante de
vários estilos, Prog, Death, pitadas de Folk e bastante melodia. Mas o
que predomina mesmo é uma aura de Black Metal sinfônico, com fortes tendências
para o Doom – muitas vezes chamado de Dark Metal. “Chaotic Genesis” é o segundo
trabalho da banda, um álbum mais coeso e mais bem trabalhado, colocando pra fora
o que eles têm de melhor. As músicas transbordam malevolência, climas soturnos,
puxando para temas mais depressivos criando um clima de introspecção e reflexão.
Os teclados estão presentes em todo momento, formando uma “cama” para as
composições. A bateria está nervosa, abusando de técnica e bom gosto na parte
criativa, com viradas de tirar o fôlego. A produção e gravação deixaram o som
bem seco e brutal, bem “na cara” mesmo, dando ainda mais agressividade ao som.
Existem momentos belíssimos entre as músicas, principalmente nos inspirados solos
– ouça “Just To Be Denied...” e “Resurrection” e comprove – sem falar na
transição entre os vocais cantados de forma limpa (quase chorados) e os mais
extremos e guturais. Ao ouvir a faixa de abertura, “Chaotic Genesis”, pode-se facilmente
imaginar uma peça teatral sinistra ou uma ópera macabra. A linda capa ficou
mais uma vez a cargo do competente Gustavo Sazes. Muito bom saber que ainda
estão na ativa e apresentando um trabalho de alto nível como esse. Vida longa
ao metal baiano e principalmente ao Veuliah! Nota: 8,0
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